quarta-feira, 3 de abril de 2013

Irmã Nádia



Sobre Confiança e Dor

Salmo 116:15


Diante da morte as pessoas ficam mais sensíveis e mais propensas a procurar todos os tipos de valores na vida daqueles que se foram. Por conta disso, muitas vezes, acabamos por ouvir comentários vazios sobre qualidades inexistentes de pessoas inexpressivas. O ritualismo é tamanho que até mesmo as tradicionais fitinhas negras onde pode-se ler "Luto" acabam tornando-se banais. Entretanto, quando falamos da Nádia (custo a crer que estou escrevendo seu nome), por mais que falemos, por mais que teçamos elogios, por mais que relembremos fatos marcantes ligados a ela, pouco teremos dito. Quem a conheceu sabe o quanto estava acima da média. Muito acima. Conheço-a desde os 12 anos e o seu testemunho marcante de crente fiel é a coisa que mais me vem à mente nesse momento. O jeito meigo de tratar os pais, as irmãs, a todos nós, era uma das marcas registradas da Nádia. A seriedade com que vivia a sua fé, fruto do zelo da sua mãe, no berço especial em que foi criada, e do ensino que recebeu na Igreja Bíblica de Pedra Branca, era um exemplo para todos nós. Sua morte (custo a crer que estou escrevendo esta frase) vai deixar um imenso vazio na vida de todos aqueles que a conheceram, vazio este que só será amenizado pelo enorme legado que ela nos deixou.
Junto-me à dor de todos aqueles que estão sofrendo neste momento, mas junto-me também à esperança de todos aqueles que comungam da certeza de que um dia estaremos novamente juntos. E digo isso com convicção, pois tal como Marta (em João 11:24-26), sabemos que a Nádia “há de ressuscitar na ressurreição do último dia”. Quem nos assegurou isso foi Cristo, o mesmo Cristo em quem ela um dia confiou quando ouviu-lhe dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá!” Conforta-nos saber que quando o SENHOR lhe perguntou: “Crês tu isto?”, a Nádia, segura, respondeu: “Sim!”

Missionário Roberto Kedoshim