Sobre
Confiança e Dor
Salmo 116:15
Diante
da morte as pessoas ficam mais sensíveis e mais propensas a procurar todos os
tipos de valores na vida daqueles que se foram. Por conta disso, muitas vezes,
acabamos por ouvir comentários vazios sobre qualidades inexistentes de pessoas
inexpressivas. O ritualismo é tamanho que até mesmo as tradicionais fitinhas
negras onde pode-se ler "Luto" acabam tornando-se banais. Entretanto,
quando falamos da Nádia (custo a crer que estou escrevendo seu nome), por mais
que falemos, por mais que teçamos elogios, por mais que relembremos fatos
marcantes ligados a ela, pouco teremos dito. Quem a conheceu sabe o quanto
estava acima da média. Muito acima. Conheço-a desde os 12 anos e o seu
testemunho marcante de crente fiel é a coisa que mais me vem à mente nesse
momento. O jeito meigo de tratar os pais, as irmãs, a todos nós, era uma das
marcas registradas da Nádia. A seriedade com que vivia a sua fé, fruto do zelo
da sua mãe, no berço especial em que foi criada, e do ensino que recebeu na
Igreja Bíblica de Pedra Branca, era um exemplo para todos nós. Sua morte (custo
a crer que estou escrevendo esta frase) vai deixar um imenso vazio na vida de
todos aqueles que a conheceram, vazio este que só será amenizado pelo enorme
legado que ela nos deixou.
Junto-me
à dor de todos aqueles que estão sofrendo neste momento, mas junto-me também à
esperança de todos aqueles que comungam da certeza de que um dia estaremos
novamente juntos. E digo isso com convicção, pois tal como Marta (em João
11:24-26), sabemos que a Nádia “há de ressuscitar na ressurreição do último
dia”. Quem nos assegurou isso foi Cristo, o mesmo Cristo em quem ela um dia
confiou quando ouviu-lhe dizer: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em
mim, ainda que esteja morto, viverá!” Conforta-nos saber que quando o SENHOR
lhe perguntou: “Crês tu isto?”, a Nádia, segura, respondeu: “Sim!”
Missionário Roberto
Kedoshim